28 fevereiro 2005

Início de semestre




Terminado um período de blogue político (com excepção da nova votação - ver na barra lateral) voltamos ao quotidiano. Neste caso ao técnico.
Fim de Férias! =(
Pois é inicia-se hoje mais um semestre de estudo e trabalho. Vou novamente frequentar 6 cadeiras:
  • Análise Matemática IV
  • Probabilidades e Estatística
  • Fenómenos de Transferência I
  • Microbiologia Geral
  • Biologia Molecular e Genética
  • Processos de Engenharia Biológica I

Prevê-se o costume: Muitas dificuldades e muito trabalho.

Destacando factores positivos: finalmente 3 cadeiras BIO com matéria especifíca do meu curso! Vou apresentar o meu primeiro seminário (daqui a uns tempos falarei sobre isso). Espero gostar do que vou estudar.

Factores negativos: Ter de repetir algumas cadeiras, em especial aquelas que estudei e sei bastante. O mau desempenho no semestre anterior inflama ainda mais a pressão sobre este. Tenho mesmo que fazer as 6 cadeiras como condição para completar o 2º ano. Como se isso fosse muito...

Wish me lots of luck!

Legislativas



Já toda à gente sabe e já toda a gente ouvi falar e comentou. Mas eu não podia deixar um ciclo político aqui no blogue sem o desfecho das legislativas.

Como já todos também sabem eu vejo a política pelo prisma da direita. Como tal é natural que tenha ficado desiludido com tudo o que se passou. Com a péssima campanha que se assistiu (em especial do PSD que claramente desceu à politica de 3º mundo), com os resultados que se obtiveram, com a desproporção Esquerda/Direita (60/40). Achei injusto que Portas tenha "perdido em toda a linha". Apesar de tudo parece-me que trabalhou efectivamente e seriamente no seu ministério, tal como Bagão Félix, e não mereciam ter descido nestas eleições. Aliás como podem (a surpresa!) os comunistas ter mais votos que o PP e voltarem a 3ª força política?! Ainda que Jerónimo de Sousa seja "simpático"... não deixam de ser uma ninhada de retardados desfasados da realidade política e mundial sem a miníma capacidade de formar um governo.
Preocupa-me ainda a representação significativa atingida pelo Bloco nas grande cidades. É um fenómeno que gostava de perceber melhor, essa adesão a políticas algumas delas extremistas, sem desprimor por Francisco Louça (que até achava um dos melhores deputados na assembleia).

Santana pagou muito caro o estilo de governação que adoptou. Não teve tempo de mostrar obra feita (acredito que fosse um governo capaz de trabalhar), mas em pouco tempo conseguiu fazer muita confusão, desorganização, transmitindo incredulidade ao povo e insegurança aos investidores e agentes económicos.
Provocou Sampaio e este acabou por reagir. Depois passou demasiado tempo a atáca-lo, tempo precioso com tantas convulsões políticas em tão pouco tempo. Este foi dando indicações de voto e de maiorias absolutas (não era momento de as fazer, na minha opinião, devia ter se neutralizado e apelado apenas contra a abstenção).
Depois a péssima campanha que só piorou a situação. O disparate de acusar as empresas de sondagens de megafraude. A excessiva colagem ao PP que deixou o espaço de manobra ao centro para Sócrates se impor.
Como disse Louça: "Santana e Portas vivos e ao junto, são o maior seguro de vida da esquerda nestas eleições".
Tudo contribuiu para a hecatombe social-democrata e maioria absoluta socialista. Terão se lembrado os eleitores socialistas da governação Guterres? E terão reparado na tralha guterrista que se afigura novamente para ocupar os cargos designados de "ministros". Não era isto que eu queria certamente.
Aliás porque não dizem os partidos quais são as suas propostas de ministros? Não deveriam os eleitores escolher um governo para além de um líder? Pelo menos a espinha dorsal do governo, ainda que houvessem alterações a fazer...

Só espero que a maioria permita formar um governo estável para o país. Que permita convidar para o governo bons ministros na área socialista. Que se empenhe a governar o país como se impõe.

FORÇA PORTUGAL!

Sócrates


José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Parabéns ao novo primeiro-ministro!
Agora que já conquistou vários objectivos na sua caminhada,
o país e eu peço que concretize a maioria com progresso.

  1. Economia & Finanças
  • Controlo do déficit orçamental abaixo dos 3%. Ser realista com os números. Se há coisa que não se suporta são fraudes e tentativas de fuga a responsabilidades.
  • Não cortar com o PEC mas negociar eventuais revisões.
  • Não aumentar ainda mais os impostos directos. Subir impostos sobre os vicíos, tabaco em especial.
  • Alterar o regime de sigílio bancário e continuar a luta à evasão e fraude fiscal.
  • Acabar com as SCUT indisciminadas. Se se pretende ajudar à evolução no interior criar sistema de apoio a empresas que permita eventuais isenções de portagens sem as borlas que todos pagam.
  • Tributar os trabalhadores independentes, as sociedades com base em impostos minímos, os bancos (que nunca pagam os impostos devidos) e os clubes de futebol (entre outros).
  • Fomentar o crescimento do PIB e da economia com criação de postos de trabalho.

2. Administração Pública

  • Controlar efectivamente a despesa pública por mais que isso doa. Reduzir os números e efectivos da função pública. Começar por acabar com o lixo administrativo do governo, acessores, vices-qualquer coisa, e outros milhares de tachos inútis que todos por todo o País existem e o prejudicam.
  • Basta de jobs for the boys! Um elemento do governo tem grande responsabilidade e devem todos eles ser escolhidos pelas capacidades. Um país desenvolvido vê-se nos níveis de corrupção e de cunhas.
  • Criar incentivos à produtividade, ao rigor e excelência dos funcionários públicos e porque não, aos trabalhadores em geral. Fomentar a competitividade entre empresas para uma economia dinâmica em crescimento e progresso.
  • Limitar a acumulação de cargos na Função Pública (e na política)
  • Unificar os existentes cartões de contribuinte, eleitor, Serviço Nacional de Saúde, Segurança Social, e B.I.

3. Ensino, Ciência e Investigação

  • Apostar forte na inovação tecnológica. Incentivar a criação de novas empresas e modernização das já existentes. Facilitar a criação de patentes.
  • Atingir 1% do PIB para I & D apostando também em ciência de base.
  • Incentivos fiscais para as empresas que apostarem em investigação e desenvolvimento.
  • Frequência obrigatória do Ensino Secundário/Cursos profissionais.
  • Apostar na qualidade de ensino e na qualidade dos professores.
  • Não aumentar mais as propinas, mas garantir uma eficaz acção social universitária

4. Saúde e Segurança Social

  • Não abolir cegamente os hospitais SA. Ver caso a caso quais as soluções mais vantajosas.
  • Continuar a aposta nos genéricos e combater o lobby farmacêutico que pesa nos bolsos de todos em especial dos idosos.
  • Acabar com o ridículo do acesso ao curso de medicina que exporta potenciais bons médicos para universidades estrangeiras e importa muitos médicos de qualidade duvidosa, continuando ainda a faltar médicos e enfermeiros.
  • Desincentivar seriamente as pré-reformas em especial na função pública, limitar as pensões altíssimas, iniciar medidas para aumento da idade da reforma
  • Combater e investigar os trabalhadores com longas e frequentes baixas.

5. Meio Ambiente, Indústria e Energia

  • Não retomar a Co-Incineração a favor do ambiente!
  • Aumentar a capacidade em 25% de energias renováveis diminuindo a nossa dependência face ao petróleo, carvão e gás. Mais barragens, aumento da capacidade das existentes, aumento do parque eólico.
  • Proteger parques naturais, zonas de floresta para que não caiam nas mãos da tentação do betão e do cifrão. (Freeport, arrábida, sintra para dar exemplos). Combater com todos os meios o descalabro dos incêndios ano após ano.
  • Multar pesadamente fábricas/empresas que não cumpram requisitos ambientais. Fomentar e beneficiar fiscalmente as que optam por energias renováveis, reciclagem e reutilização dos seus desperdícios.
  • Reduzir emissões poluentes em 20%

6. Justiça & Habitação

  • Choque e reforma Jurídica. Desboructrazição massiça do sistema jurídico. Clarificação das situações. Lutar com o absurdo da espera de anos para um julgamento.
  • Rever o Código do porcesso penal. Prisões preventivas de 1 ou 2 anos é absurdo. Enfretar criminosos com vítimas dos seus actos e encorajar penas alternativas como trabalho comunitário.
  • Aprovar a nova lei de arrendamento rapidamente.

E mais não digo porque já está um testamento! Parece um processo jurídico.... =)

13 fevereiro 2005

Fim dos Exames!

Aleluia! Estou de férias!

Acabei o meu último exame esta 5ª feira dia 10!
Esta é uma das razões pela qual não tenho escrito aqui quase nada. A outra (a principal) é que estou mesmo sem net em casa, e prevê-se mais de um mês assim (graças aos fantásticos préstimos da telepac, tema que aprofundarei dentro em breve)

Bem, como prometi no início, aqui fica a retrospectiva de como foram estas 6 semanas.
Comecei com o 2º teste de Química Orgânica II (08/01) que foi óptimo, consegui um 17(!!!) e acabei a cadeira com 15.
Depois com os exames propriamente ditos vêm as más notícias:
1º Exame de Probabilidades e Estatística (13/01): Exame que não lembra nem ao menino Jesus; pânico, desistência em massa, 2% de aprovações.
1º Exame de Termodinâmica de Engª Química: Doente durante a semana, levou ao chumbo:(
2º Exame de Fenómenos de Transferência I (28/01): Apesar de muito esforço e de estar bem preparado, o 2º exame era terrível e não consegui chegar aos 10.
2º Exame de Probabilidades e Estatística (01/02): Nova razia, percentagem total de aprovados sobre quem entregou exames: cerca de 20%. Sobre os inscritos: 8,5%
(Podem confirmar no link da página da cadeira que está na barra lateral).
2º Exame de Termodinâmica de Engª Química (10/01): Grande esforço e preparação, exame difícil mas que correu razoavelmente bem.
Entrentanto a nota final de Bioquímica ficou em 14 com a nota de laboratório (como eu previa).
Ah, ainda havia Análise Matemática IV que não pude tentar fazer por exame porque pura e simplesmente não houveram!

Conclusão: Prevejo ter feito apenas 3 cadeiras em 6 inscrições.
Fico claramente desiludido porque esforecei-me para muito mais.
Estes resultados são extremamente injustos e não reflectem a realidade. Mas que mais posso eu fazer...
Aliás, esta época foi particularmente má em geral para quem está no técnico, não fui só eu o prejudicado. Não sei o que pretendem eles ganhar com exames do arco da velha e chumbos massiços! Só sei que no próximo semestre a pressão para recuperar aumenta ainda mais...

Abraços e beijinhos

04 fevereiro 2005

O Debate

A grande expectativa em torno do esperado Debate, saiu um bocado frustrada.
O Debate foi morno, em boa parte devido ao sistema americano adoptado de rígidas regras em relação ao tempo que acabava por cortar muitas linhas de raciocíonio. Compreende-se a tentativa de garantir o máximo de equidade entre os dois protagonistas, mas perde em entusiasmo e em debate propriamente dito.

Enfim, apesar de tudo o debate não trouxe grande ideias, começou pessimamente com as polémicas e a tensão da pré-campanha que referi no último post em que se abordaram os piores aspectos da política. Passando esse período inicial seguiu-se o que realmente interessa.
Sócrates enverdou pelo cuidadoso caminho do "temos objectivos" e evitando prometer e comprometer-se, sendo bastante vago nalgumas intervenções, noutras evidenciando que se preparara bem, mas sem trazer nada de novo para quem está a procura de uma maioria absoluta. Aproveitou o seu tempo para sempre que podia fazer propaganda como se fosse um comício do PS e foi mesmo chato a repetir "os Portgueses vão julgar estes 3 anos dia 20!!".
Ora isto é evidentemente um tiro no pé, todos sabemos que Durão Barroso e a sua equipa fizeram bem mais em 2 anos que a tralha guterrista que se propõe governar novamente. Se quisesse enverdar por esse discurso tinha que pegar nas trapalhadas de Santana e na dissolução e mais nada. Foi bem mais agressivo (até aquele gesto de apontar insistentemente para o adversário...)

Santana na minha opinião levava os números sabidos, conhecia os dossiers, sabia bem o programa e a campanha do adversário (nesse aspecto ele é exímio) e apesar de preudicado por ter de ser ele a sempre a responder, não assumiu o ataque como se esperava que o fizesse. Foi mais objectivo, apresentou as suas propostas, muitas das quais me identifico mais (sou um adepto da ideologia PSD, que o Zé Carlos tão bem retratou no último comentário aqui no blog!) aproveitou para relembrar que o adversário que se propõe a governar é a tralha Guterrista que nós conhecemos e que fugiu quando o mal estava feito e o país estava no lodo o que é uma terrível verdade e deve pesar bem na consciência de todos os votantes de dia 20.

Se este era o debate para convecer indecisos, procurar maioria absoluta/relançar uma esperança de vitória, deixou bastante a desejar e aos candidatos exigia-se que apresentassem trunfos e outra dinâmica!