30 agosto 2005
O AMOR E O TEMPO
Pela montanha alcantilada
Todos quatro em alegre companhia,
O Amor, o Tempo, a minha Amada
E eu subíamos um dia.
Da minha Amada no gentil semblante
Já se viam indícios de cansaço;
O Amor passava-nos adiante
E o Tempo acelerava o passo.
– «Amor! Amor! mais devagar!
Não corras tanto assim, que tão ligeira
Não corras tanto assim, que tão ligeira
Não pode com certeza caminhar
A minha doce companheira!»
Súbito, o Amor e o Tempo, combinados,
Abrem as asas trémulas ao vento...
– «Por que voais assim tão apressados?
Onde vos dirigis?» – Nesse momento.
Volta-se o Amor e diz com azedume:
– «Tende paciência, amigos meus!
Eu sempre tive este costume
De fugir com o Tempo... Adeus! Adeus!»
António Feijó, Sol de Inverno, 1922
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3 comentários:
Obrigado amigo!
Por tudo o que fazes, por tudo o que dizes! Por todo o apoio que me deste! Por aquele abraço forte que demos!
Obrigado!
Marco
olá rapaz
não costumo ser tão sucinto, mas gostei do poema, a vida é tão prodigiosa de razões que o coração não entende.
Mas sabes hoje apetecia-me dar-te os parabéns pela tua vida, e pedir-te desculpas por te exigir muitas vezes que sejas mais velho do que és e do que tens direito a viver.
jc
Óptimos comentários!
Fiquei surpreendido com os dois (talvez tivessesm ficado surpreendidos com o post e o poema). Ao marco digo-te de nada. Os amigos servem para as ocasiões e nem sabes como me senti feliz em te ter ajudado!
Ao Zé Carlos fiquei quase boquiaberto, não tens de me dar os parabéns por nada, a minha vida nada tem de especial e ainda acho que tenho muita maturidade a conseguir!
Obrigado aos dois!
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