O Código da Vinci

Bem, acabou finalmente o vicío! Ou infelizmente!
A verdade é que desde que comecei o livro, em 15 minutos tinha entrado para o clube dos aficcionados! Não descansei enquanto não o acabei, mesmo a cortar nas minhas tão preciosas horas de sono! É verdade que passa a ser o meu livro preferido! E eu que a inicío estava relutante a lê-lo!
O meu irmão literalmente devorou-o apenas num Domingo até ao Jantar!!
Para mim que sou católico desde que me conheço, e neste momento bastante praticante (pelo menos tento, se nas minhas acções se reflecte isso ou não, é algo que quem vocês me poderão dizer), foi extremamente interessante ler sobre o tipo de informações que nos são descritas pelo autor.
Na catequese sempre fui dos membros mais interessados, não era preciso os pais mandarem-me para lá! Já da missa fugia (e muitas vezes ainda fujo =)). Contudo sempre houve coisas que me fizeram confusão, e a minha pouca fé lá ia tapando alguns buracos. Agora acho que muitas coisas fazem mais sentido! Esta nova perspectiva vem aliás reforçar alguns pensamentos e opiniões minhas que em vários pontos são contrários à doutrina da Igreja mas que na minha opinião em nada vão contra o que considero ser os ensinamentos de Cristo.
Afinal qual é o problema de se apresentar o Homem Cristo como Homem casado? E porquê esconder Maria Madalena como mulher (se fosse mesmo sua mulher), rebaixá-la na Biblía, apenas para exaltar que Cristo era Divino, dando origem ao regime de patriarcado. Na minha opinião apresentar o lado humano de Cristo só reforça toda a mensagem. Só demonstra o Caminho, como sendo possível percorrer por qualquer um de nós se quisermos, em vez de ser divinizado, afastando-o da realidade humana.
Porquê ocultar nos nossos dias a imensidão de outros evangelhos se existem e que tenham talvez outro tipo de conteúdo? Não deixa de ser bizarro que o maior best-seller de todos os tempo tenha saído de um concílio em Roma, escolhido de forma a agradar a todos, excluindo imensa informação para as gerações vindouras. Ou que nos nossos dias os catequistas impingam que houve mesmo a multiplicação dos pães e outros milagres sem perceber o sentido figurativo em que eles são descritos.
Enfim, podia por aqui mais uma parafernália de questão pertinentes para se debater.

Acho de facto que se confunde o que é a religião, o que foi e é a vida de Cristo, o exemplo de como se pode dar sentido, profundidade, força e espiritualidade às nossas vidas, o exemplo de caminho e vida a percorrer; com a instituição Igreja, que como qualquer instituição humana tem elementos muito bons e outros maus, tem grandes obras feitas no presente e passado mas também feitos terríveis! Salvaguardo imensos homens na igreja como o Papa e o nosso cardeal por exemplo, mas existem muitos a servirem-se da religião para os próprios interesses em vez de servirem a religião para ajudar outros.

Voltando ao livro, concordam comigo que uma suposta busca ao "Santo Graal" seria algo de fascinante? Até para quem não tinha grande interesse por arte antiga, não perdi tempo em ver algumas das imensas obras referidas no livro. No site do autor tem várias fotos. Se quiserem vão a www.danbrown.com e vejam. Não gostei que no livro se exaltasse tanto o lado pagão e o suposto sagrado feminino, pareceu-me um bocado arcaico em detrimento da nossa crença em Deus. Mas são opiniões! Um grande abraço =)