10 janeiro 2005

O mundo é pequeno

O mundo é pequeno, a vida é curta e com demasiado potencial para ser desperdiçada com mesquinhez, comodismo e materialismo.

Fica aqui uma nota do grande pesar que tenho pela catástrofe que se abateu no Sudeste Asiático. Não vale a pena entrar com discursos, mas fica o gesto de solidariedade com esses povos devastados que não baixaram os braços!
Como somos pequenos e mesquinhos com coisas tão mundanas e insignificantes face a outros valores que só sobem quando sentimos na pele situações assim. Podem ver um mapa das regiões afectadas neste link

Deixo-vos a este propósito esta mensagem que li esta semana e de que gostei muito. Achei interessante para reflectirem.
Para quem conhece o João César das Neves (Economista católico) deixo também aqui o link para o conto de Natal dele deste ano: http://dn.sapo.pt/2004/12/27/opiniao/conto_natal.html


"Podemos falar em três desafios para o mundo actual: a Paz, a Justiça e o Ambiente (...). Atrás destes desafios esconde-se outra necessidade: a mudança de mentalidade dos jovens que devem cultivar a solidariedade, e o respeito por todos os que vivem neste planeta, sejam negros, brancos, amarelos, castanhos, jovens ou idosos. Todos têm os mesmos direitos.

Os jovens não compreendem quais são os desafios do mundo actual. Pensam que o seu único desafio é terem prazer, um bom carro, e um emprego fácil. De preferência o mais depressa possível. Se o conseguirem ficam satisfeitos. Mas não devem ficar satisfeitos enquanto não assumirem um compromisso com os outros. Foi o que a minha geração aprendeu: a necessidade de olharmos uns para os outros. Depois da II Guerra Mundial tivemos de reconstruir a Europa. Agora, os jovens não sabem para onde devem ir. Precisam de um compromisso, de investir a coragem e a inteligência em benefício dos outros e não apenas em proveito próprio. Se o fizerem terão uma vida útil e interessante. Caso contrário terão uma vida chata. Por isso, insisto: não sejam cínicos, não sejam cépticos, envolvam-se!"

Stéphane Hessel (embaixador dignatário de França) em entrevista à Visão (Nº 618)

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